A competência da profissão Cirurgião Dentista
Já não é de hoje que o ser humano quer dominar o mundo. Claro, o único do reino animal dotado de inteligência, teoricamente largamos na frente dos demais irracionais e acreditamos que tudo está sobre nosso domínio.
Contudo, infelizmente nos utilizamos dessa expertise para burlar as regras em benefício próprio, seja ela para obter maior reconhecimento ou mesmo maior poderio econômico.
Toda profissão tem suas normas, diretrizes e área de atuação que chamamos de competência. Aquele que deseja trilhar os caminhos de uma determinada profissão deve estar ciente e informado sobre sua área de atuação, bem como os limites que margeiam o quintal vizinho para não esbarrar na invasão de território sobre outro domínio, o que caracteriza falta grave com punições e sanções que poderão levar até a cassação do diploma.
A regulamentação da odontologia e suas especialidades (as reconhecidas) são um conjunto de normas estabelecidas por meio de um código de ética que esclarece os atributos permitidos ao cirurgião dentista e também o que é vedado. Não seguir estes preceitos é descumprir a regra e portanto, ilegal. Por vezes os noticiários abordam este tema e não é incomum alguns ficarem em evidência com maiores discussões e polêmicas que trazem à tona novamente a competência e legalidade da atuação do cirurgião dentista diante de algum procedimento, principalmente quando não há o êxito.
Por outro lado temos os pacientes que também estão sedentos por resultados rápidos, tratamentos vantajosos economicamente e que pagam o preço muitas vezes com a perda da própria saúde que é colocada em xeque.
Aos dois anseios temos uma colisão gravíssima em que só se tem a perder. Nem profissional, muito menos paciente saem ilesos dessa. Não há crescimento se não rumarmos na mesma direção. Ambos devem entender suas competências. O profissional, além do código de ética deve se capacitar bem para executar o que lhe compete. Enquanto isso, ao paciente cabe o recebimento de informações quanto aos procedimentos, suas expectativas, bem como eventuais limitações do caso. Nessa ordem! Ouvir o que os pacientes desejam é claro que sim, porém cabe ao profissional direcionar, esclarecer e executar o que está sob seu domínio e não criar falsas promessas e expectativas que não se sustentarão.
O cirurgião dentista precisa entender que já possui um grande universo de problemas. Aventurar-se em áreas que não sejam de sua habilitação traz consequências trágicas, tanto ao profissional quanto à credibilidade da Odontologia. Encaminhar para quem é de direito a resolução de um problema é delegar o caso a quem realmente está preparado e apto para colher os resultados de excelência.
Reflita sobre isso !