Ortodontia é estável? Quanto tempo dura?
A ortodontia aproximadamente há um século discute com maestria as razões pelas quais devemos acreditar que um bom diagnóstico, plano de tratamento e boa biomecânica levam ao “Olimpo” da estabilidade.
Entretanto, por vezes, este debate está sempre em alta: qual a estabilidade do caso? Ou melhor, qual a estabilidade da finalização ortodôntica?
Muitas teses para justificar a falta de estabilidade pós tratamento ortodôntico. As expansões das arcadas, inclinações excessivas, extrações e não extrações, correção de torques, erro esquelético, compensações dento-alveolares, padrão facial, hábitos indesejados, parafuncionalidade etc., etc., etc. Poderíamos ficar aqui encontrando vários culpados, porém sem chegar realmente a uma conclusão.
Outro ponto importante são as contenções, já que o assunto é estabilidade. Qual a melhor? Temos uma gama enorme. Das fixas às removíveis. Uso por 24h ou noturno apenas? Ou ainda uso eterno!
Como propor estabilidade se nossa fisiologia é instável? Estamos esquecendo apenas que envelhecemos e com isso adaptações ocorrem. Ou você acha que o tamanho dos dentes, a dimensão vertical e as dimensões transversais dos arcos não diminuem? Que a musculatura não fica flácida? Que nossa gengiva continua plena? Que nosso osso alveolar não se modificou?
Percebam quantas variáveis conspiram contra. Passou da hora de aceitarmos as mudanças e instabilidades que são inerentes a nossa fisiologia. Obviamente que a falta de conhecimento técnico do ortodontista pode agravar, entretanto, esta é a realidade do ser vivo que envelhece, a inconstância da estabilidade. Usar contenções a vida toda é contra a nossa natureza!
Ou você de hoje será igual ao você daqui há 10, 20 ou 30 anos?
Pense nisso!