A pandemia e suas consequências no ensino da Odontologia
Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos. Entretanto, o primeiro caso oficial de covid-19 foi vinculado ao mercado de frutos do mar de Huanan, em Wuhan.
No Brasil, o primeiro caso ocorreu em 26 de fevereiro de 2020 e de lá para cá restrições foram instituídas até chegar ao extremo com o lockdown. Atrelados a esse panorama, as dificuldades econômicas e um caos social se instalou. Todos os setores sofreram com as paralizações. O prejuízo foi dramático e a sua recuperação após mais de 2 anos é muito lenta.
As sanções afetaram as áreas educacionais e a odontologia que se fundamenta em alicerces clínicos se viu apenas restrita a atendimentos emergenciais. O alarme foi dado pelo risco iminente de contaminação que o ambiente do consultório proporciona. Quanto prejuízo!
E o que pensar do graduando de odontologia que teve 2 anos de ensino à distância? Àquele aluno, por exemplo, que estava no segundo ano e teve o início de sua clínica interrompida com aulas on-line e teorias sem aplicar na prática. Pois é, o dia da colação de grau e entrega dos diplomas chegou! A pergunta é: estou capacitado a exercer a profissão?
O fato é que com tudo isso percebemos a falta de formação básica para a construção do profissional que egressa das universidades para o mercado de trabalho. Foram habilitados a exercer as funções atribuídas ao cirurgião dentista, porém sem o mínimo de prática clínica. Como será o comportamento e relação profissional com o mercado de trabalho? Quais as maiores dificuldades? Quais os temores? Se numa formação clássica já somos inseguros diante das decisões que devemos tomar, sem o professor para ajudar, o que dirá daqueles que não tiveram essa pequena experiência nos bancos das faculdades?
Para quem possa ter se identificado com esta situação, o momento é de refletir e arregaçar as mangas contra o tempo e a falta de exercício clínico. As escolas de pós-graduação podem ser uma alternativa. As clínicas de maior porte com outros profissionais mais experimentados também, todavia a dedicação e comprometimento são fundamentais para essa escalada. Reconheça que precisa de uma melhor formação. Este é o primeiro passo. O retroceder é um grande avanço rumo ao sucesso que certamente virá. A paciência é uma grande virtude dos vencedores e você pode ser um deles. Estude!
Pense nisso e reflita!