O paciente e a influência no tratamento odontológico
Está cada vez mais frequente a participação dos pacientes nas decisões e escolhas dos tratamentos odontológicos. Invariavelmente somos colocados a prova e induzidos a fazer escolhas não tão assertivas e porque não dizer errôneas.
Até onde os pacientes podem opinar e influenciar nossas decisões em um plano de tratamento? Quanto custa a realização de um sonho?
Dizem por aí que realizar um sonho não tem preço!
Ora, ouvir a queixa principal do paciente é uma situação fundamental, porém devem estar alicerçadas em limites biológicos que cada caso impõe e não apenas em sonhos e anseios que muitas vezes serão inatingíveis.
Para toda área da odontologia, de tempos em tempos surgem ondas eloquentes de modismos efêmeros que depois caem por terra e retornam ao conceito básico de indicações e contraindicações. Precisamos formular algumas perguntas para ilustrar diferentes situações. Os implantes realmente devolvem a mesma condição que nossos dentes? As facetas ou lentes de contato são capazes de devolver a melhor anatomia, cor, textura e resistência como nossos dentes? Tratar o canal ou fazer a extração do dente comprometido? Optar entre próteses removíveis, fixas ou implantes. O que seria melhor? Ortodontia, cirurgia ortognática ou harmonização facial? Quais resultados posso esperar?
A resposta à todas estas perguntas passa por um aspecto primordial de qualquer proposta de tratamento, o diagnóstico. Uma vez encontrada a causa pode-se determinar a melhor forma de tratamento, bem como o prognóstico do caso.
Sendo assim, cada situação clínica deve ser avaliada de forma criteriosa e ponderada de acordo com as necessidades funcionais e de estética. As escolhas por determinados tratamentos por parte dos pacientes só poderão ser realizadas desde que com o consentimento do cirurgião dentista, ou seja se estiver dentro das indicações e limites biológicos adequados.
Procure a avaliação de um especialista na área. O profissional irá ajudá-lo. Pondere acerca do tratamento. Indicações, contraindicações, vantagens, desvantagens, duração do tratamento, e principalmente os benefícios da escolha.
Lembre-se, a odontologia evoluiu muito, porém não realiza milagres.
Reflita!