Odontologia aos Extremistas ?
Por definição, uma pessoa extremista é aquela considerada radical e que não permite diálogo. Com ela, é preto ou branco, oito ou oitenta. Não existe meio termo. Todo extremista só enxerga aquilo que ele acredita ser a verdade e ignora todo o resto.
Não será esse o panorama da odontologia atual? A polarização das ideias e a repudia por esse ou aquele recurso?
As farpas geradas nas redes sociais que são as mais democráticas, das menos democráticas ferramentas de divulgação, propaganda e marketing, caminham no sentido de transformar todas as ideias numa uníssona tese, que passa a ser defendida não por uma banca qualificada que avalia e faz arguições para a validação científica das hipóteses, mas sim pelos milhares de seguidores, muitas vezes analfabetos funcionais na ciência e que se conformam com os modismos e deslumbres glamorosos de odontólogos que mais parecem estrelas hollywoodianas enfartadas de soberba.
Ora, afinal vivemos ou não num mundo democrático?
Porque não apresentar suas ideias e convicções e deixar que os profissionais experimentem e decidam por essa ou aquela filosofia, por esse ou aquele recurso e principalmente com aquele que realmente lhe ofereça maior eficiência! Ou teremos que ter uma censura?
Seja lá qual a nômina designada para isso, toda vez que se escreve um artigo, quer seja ele clínico ou científico, este é submetido a análise para posterior publicação, certo? E nas redes sociais? Há algum tipo de critério? E mais, qualquer discordância nas redes sociais pode enaltecer um em detrimento do extermínio do outro, sem chance alguma de defesa. Já pensaram nisso?
Será que não está na hora de utilizar esta ferramenta como informativo, busca e divulgação do seu trabalho, deixando à critério das pessoas a escolha por esse ou àquele profissional?
O que deve prevalecer é o respeito às discordâncias, pois não há em biologia 100% de êxito nesta ou naquela técnica. Quando indicamos um determinado tratamento e temos bons resultados, temos 100% de êxito neste caso. Entretanto, se em outro caso os resultados não foram tão satisfatórios, podemos dizer então que houve 100% de falha?
Outra vez estamos diante de resultados extremistas???
Por se tratar de biologia, a odontologia não é exata. Aos profissionais cabe, então, diagnosticar e selecionar o melhor plano de tratamento para o caso, respeitando a condição biológica, social, cognitiva e também econômica.
Pratique a Odontologia sem amarras, dogmas e pré-conceitos. Viva a odontologia liberal e autônoma!
Reflitam e tenham um ótimo 2022!